Cerca de 185 mil toneladas de farelo de soja livre de desmatamento foram enviadas do Brasil à Tailândia para testar a solução digital de blockchain conjunta das companhias para rastreabilidade de soja sustentável
São Paulo – Junho 2024 – A Bunge (NYSE: BG), uma das maiores empresas do agronegócio e de alimentos, e a Bangkok Produce Merchandising Public Company Limited (BKP), uma empresa subsidiária da Charoen Pokphand Foods Public Company Limited (CPF ou CP Foods), líder mundial em alimentos, testam em conjunto uma plataforma com tecnologia blockchain para rastreabilidade de soja sustentável. Até o momento, três navios totalizando 185 mil toneladas de farelo de soja livre de desmatamento foram embarcados no Brasil com destino à Tailândia, permitindo à CP Foods o rastreamento integral do produto, desde a origem do grão nas fazendas, passando por seu processamento e transporte até seu desembarque no destino final. Outros três navios, somando mais 180 mil toneladas de farelo de soja devem ser embarcados até julho de 2024.
Os produtos estão em conformidade com os protocolos de verificação socioambiental de fornecedores da Bunge e da BKP e foram cultivados em regiões de alta prioridade com zero desmatamento desde 2020, alinhado à data de corte do padrão customizado de originação desenvolvido para a CP Foods. Além dos dados de rastreabilidade incluindo atendimento a diferentes critérios socioambientais, a plataforma também possibilita o acesso a informações como a pegada de carbono dos volumes comercializados e se as fazendas de origem adotam práticas agrícolas regenerativas.
Paisarn Kruawongvanich, CEO da Bangkok Produce Merchandising, afirma que a empresa está trabalhando para conectar soluções de rastreabilidade baseadas em blockchain com fornecedores, parceiros e agricultores em todo o mundo, garantindo transparência em toda a sua cadeia de fornecimento. “Nos estágios iniciais da nossa parceria com a Bunge, embarcamos os primeiros navios de farelo de soja livre de desmatamento verificado, totalmente rastreáveis desde as fazendas até seu destino final na Tailândia para a CP Foods. Isto representa um marco significativo para a Charoen Pokphand Foods alcançar cadeias de abastecimento 100% livres de desmatamento até 2025”, acrescentou Kruawongvanich.
“Adicionar uma camada de tecnologia blockchain aprimora a transparência na rastreabilidade de ponta a ponta que a Bunge já vem fazendo há alguns anos. Essa capacidade de aumentar a confiança de consumidores finais em projetos de soja só é possível graças ao robusto sistema de verificação e monitoramento socioambiental de fornecedores que estruturamos ao longo da última década e que nos posiciona de forma única no setor para prover a conexão de produtos comprovadamente sustentáveis com os mercados onde a demanda por eles está em crescimento”, afirma Rossano de Angelis Jr, vice-presidente de Agronegócio da Bunge para a América do Sul.
As duas empresas colaboram desde outubro de 2023, quando anunciaram parceria para desenvolver estudos de viabilidade técnica, comercial e operacional para uma solução de rastreabilidade em blockchain voltada a construção de uma cadeia de suprimentos sustentável e digitalmente integrada. O acordo envolve oleaginosas e seus produtos derivados originados pela Bunge no Brasil com destino a diversos países na Ásia, onde a BKP e a CPF produzem e comercializam rações e alimentos.
Os testes em andamento visam automatizar a conexão entre os sistemas de gestão e de monitoramento socioambiental de fornecedores da Bunge e da BKP com uma plataforma digital. Ela permitirá que o cliente monitore e receba dados de rastreabilidade dos produtos, além de acesso a informações socioambientais das fazendas de origem. A tecnologia blockchain garante uma camada adicional de confiabilidade, já que torna os dados imutáveis assim que ingressam na plataforma.
Para o diretor de Distribuição da Bunge na Ásia, Mohit Purbey, o relacionamento profundo e de confiança que a Bunge construiu com a CP Foods ao longo dos anos foi fundamental para o projeto. “É também um exemplo de como a Bunge pode criar soluções sob medida para ajudar seus clientes a cumprirem seus próprios compromissos de sustentabilidade”, acrescenta.
Desde o final de 2022, o sistema de monitoramento de fornecedores da Bunge cobre mais de 16 mil fazendas e cerca de 20 milhões de hectares na América do Sul e conta com tecnologia de satélite de última geração, capaz de identificar mudanças no uso do solo e plantio de soja em cada propriedade monitorada. No Brasil, a Bunge monitora, atualmente, toda a sua rede de fornecimento direto em áreas com risco de desmatamento e espera cobrir totalmente a rede indireta em 2025. Mais de 97% do volume de soja adquirido pela Bunge no País é livre de desmatamento e conversão verificados, o que aproxima a empresa de sua meta de cadeias livres de desmatamento em 2025.